quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Um fim de semana com um livro

Aquilo que uma criança necessita não é de grandes respostas,

mas de um coração que a ame,

Um ouvido que a escute

e alguém que a anime a continuar…”


Anónimo


É na escola que, por norma, a criança concretiza a aprendizagem formal da leitura e da escrita.
Na maioria dos casos, o contacto do livro reduz-se, quase exclusivamente, à utilização dos manuais escolares e no convívio com os textos que os mesmos oferecem. Contudo, existem outros materiais que podem e devem ser convocados para o contexto pedagógico
Falamos de histórias significativas, com sentido ou com muitos sentidos, divertidas e tristes, com linguagem rica e variada, nem sempre fácil, mas, por isso mesmo, estimulante e fonte do alimento do imaginário.

A Literatura Infantil, bebida desde o nascimento em doses sabiamente ministradas, gera uma saudável dependência que dá à criança e ao adolescente a força e o engenho necessários para realizarem a leitura do mundo, base indispensável aos seus projectos de vida.”

Os momentos de leitura em casa deverão constituir um ritual: trata-se de um momento único, cuja magia resulta de uma série de factores, entre os quais se salientam o contexto, a predisposição dedicada a esse momento quer dos pais, quer dos filhos e a modulação da voz do adulto ao contar a história. Desta situação tão particular entre pais e filhos, na qual eles estão expectantes e suspensos das suas palavras, resulta a ansiedade com que é esperada a sua repetição em determinado espaço de tempo previamente estabelecido; a leitura partilhada e lida em voz alta, sussurrada, gemida ou gritada pelo adulto permitirá que a Literatura cumpra todas as suas funções ao provocar o prazer estético que resulta do seu pleno usufruto.
Estes momentos de leitura constituem uma estratégia de “desescolarização” da leitura, tendo apenas o objectivo de cultivar o prazer de ouvir ler para também gostar de ler. Feita pelos pais, avós ou irmãos que se ofereçam para o fazer, em momentos propícios para o efeito, a leitura de um livro com exploração das imagens, dos seus pormenores, e deixado num local ao alcance da criança, desencadeia, normalmente, uma grande procura, pois têm sempre tendência a depois, voltarem a ler a história, no caso de crianças mais velhas, ou de contarem e recontarem as histórias através da exploração das imagens, no caso de crianças do jardim-de-infância.
Estes momentos de leitura constituem uma estratégia de “desescolarização” da leitura, tendo apenas o objectivo de cultivar o prazer de ouvir ler para também gostar de ler. Feita pelos pais, avós ou irmãos que se ofereçam para o fazer, em momentos propícios para o efeito, a leitura de um livro com exploração das imagens, dos seus pormenores, e deixado num local ao alcance da criança, desencadeia, normalmente, uma grande procura, pois têm sempre tendência a depois, voltarem a ler a história, no caso de crianças mais velhas, ou de contarem e recontarem as histórias através da exploração das imagens, no caso de crianças do jardim-de-infância.
Algumas pistas para o aproveitamento dos momentos de Leitura:

Periodicidade
Estes momentos de leitura, como já foi referido, deverão instituir-se como uma rotina semanal ou diária dependendo o número de vezes que se realiza, do contexto em que acontece e da predisposição de ambas as partes; no jardim-de-infância, a leitura e exploração de histórias, é um dos momentos mais importantes das suas rotinas; em casa, deverão existir sempre que a criança o solicitar, ou então, também pode ser combinado com a criança criando uma rotina, por exemplo, ao deitar, incentivando-lhes assim o gosto pela leitura.

Ambiente
O ambiente para se contar uma história em casa, com o seu filho deve ser calmo, com uma luz clara se for dia, o ténue se for ao deitar, e sem pressas, num local onde não haja interrupções, nem de outras pessoas nem de telefones ou afins. Deve dar a máxima importância a estes momentos com o seu filho pois é um modo de lhe dedicar inteiramente a sua atenção e de tornar este momento de leitura íntimo e especial para ele. O local pode ser variado, na cama, no sofá, no jardim, no entanto, ter em atenção que seja um local calmo, sem interrupções e que este momento seja um momento só vosso.

Entoação
Nada é mais aborrecido para uma criança do que uma leitura monótona. A voz dramatiza a história, dá-lhe corpo e “mais colorido”. O contador poderá e deverá utilizar diversos tons e intensidades de voz para caracterizar momentos e/ou personagens.

Imagens
Quando estiver a contar a história ao seu filho/a, deverá deixar a criança observar bem a imagem de modo a que enriqueça mais a história e também que a ajude a compreender os momentos mais importantes.
Ao contar a história, deverá mostrar as imagens e demorar o necessário para que dê tempo à criança de assimilar os pormenores. Os mais pequenos, é nas imagens que se apoiam depois para recontar a história.

Preparação
O adulto deve conhecer a história/conto, lê-la várias vezes e preparar esta actividade para que tenha sucesso. De igual modo, o clima destes momentos de leitura não se compadece de interrupções. O adulto deve dedicar esse tempo exclusivamente a essa actividade com a sua criança, sem interrupções também, pois ela merece e precisa dessa sua exclusividade.

Cenário
Quem conta a história, não precisa de se converter em actor para transformar estes momentos em instantes agradáveis e divertidos. Não é preciso muita elaboração para criar cenas. Um simples lápis que se transforma em vara de condão ou um lenço que vira uma capa mágica são capazes de encantar as crianças.


O contador
A grande dica para ser um bom narrador de contos é ler muito; os livros, os jornais, os gestos, as pessoas, a vida em cada coisa. E não ter pressa: o contador de histórias tem que ter paixão pela palavra pronunciada e contar a história pelo prazer de dizer (que é muito diferente de ler uma história, que também é muito diferente de explicar uma história!).

Que histórias contar?
Varie os géneros – as possibilidades são infinitas. Adeqúe o tamanho e o tipo da história à faixa etária do seu filho, tendo em conta a sua capacidade de concentração. A arte de contar histórias é muito bonita porque não discrimina ninguém – nenhum tipo de cultura ou classe social – não existe preconceito. A história é boa quando serve para todos, quando todos podem ouvir, dar uma opinião, reflectir e chegar às suas próprias conclusões. Poderá também deixar o seu filho escolher a história que deseja ouvir e, deste modo, prender-lhe a atenção e o gosto pela leitura.
Os especialistas afirmam que, por isso mesmo, nos momentos em que estiver a contar as histórias ao seu filho ou filha, não deve tentar simplificá-las ou mudar as palavras para facilitar a compreensão, mas deixar que a criança tente compreender o seu sentido pelo contexto. Com isso, ela aprende a diferença entre texto escrito e linguagem oral, informação fundamental para o processo de alfabetização.


Projecto de
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS De BUARCOS
Jardim de Infância de Buarcos
Jardim de Infância de Serra da Boa Viagem
Jardim de Infância de Vila Verde

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Neurónios curiosos



Ainda no universo Escolar mas também direccionado às Famílias, a Quinta da Regaleira, oferece a actividade Neurónios Curiosos - À Descoberta da Ciência Botânica, Educação Ambiental, Geociências e Zoologia, constituídas por experiências, observações, manualidades e jogos. Cada uma das actividades proporciona uma aprendizagem dinâmica e interactiva, estimulando de forma lúcida, uma conceptualização prática da ciência.
Mais informações:
Telef.:219106650
Email: regaleira@mail.telepac.pt
ver Link

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Um novo ano e novos amigos


Mochila nova, sanduíche e fruta, lição, choro, amigos, festas, crescimento, aprenderes, novos quereres. Difícil resumir tudo que vem à mente quando o assunto é volta às aulas. As decisões práticas se misturam às emoções e às descobertas (para você e para o seu filho). Chegam também um novo machucado, o resfriado do mês, a notícia daquela briga com um colega. E a rotina precisa estar organizada: como ele vai e volta da escola, ideias para variar as opções da lancheira, preparar o canto da lição de casa, comparecer às reuniões e festas da escola. Para facilitar a jornada, preparamos uma lista com sugestões e tudo o mais que você precisa observar. São tantas dicas que passamos um pouquinho das 80 previstas e as dividimos em três temas: vida prática, a parte emocional da história e os contratempos que podem acontecer

Emoções para todos os lados

Prepare-se!

Quando se trata apenas de “histórias dos outros”, você acha que é um exagero esse sofrimento todo dos pais para deixar os filhos na escola e continuar o dia, como se nada de mais estivesse acontecendo. Mas não é bem assim. Pode até ser que seu filho se dê muito bem nas primeiras despedidas. Mas você...

Uma mudança de cada vez

Tirar a fralda, trocá-lo de berço ou de quarto, uma viagem a dois, mudar de casa. Este não é o momento mais oportuno para anunciar novidades para seu filho. A adaptação escolar é um momento difícil para os pequenos e outras trocas poderiam deixá-los inseguros.

Pergunte como foi o dia dele

A conversa diária com a criança é uma das maneiras de manter-se a par com o que acontece na escola. Tome cuidado para não ficar ansioso demais por informações. Não é só ficar perguntando, é contar para o filho como foi o seu dia, quem você encontrou. Ele vai querer fazer o mesmo e falar sobre as coisas boas do dia a dia dele e os problemas também. Converse com os professores pelo menos uma vez por semana. Evite faltar às reuniões. Se isso acontecer, tente reagendar uma data para ir à escola e ter acesso ao que você perdeu.

2 situações que não precisam ser difíceis

O contacto com um novo professor: para cada mudança não ser um trauma, é importante que a criança não tenha apenas um professor desde o primeiro ano na escola, pois assim colhe várias referências e cria laços afectivos com muitas pessoas. Na educação infantil, ela pode ter um professor, aquele que a acompanha por mais tempo, e outros distintos, como o inglês e o de ginástica , por exemplo.

Os amigos não estão mais na mesma sala (ou até foram para outra escola): pode parecer cruel, mas, no período de adaptação, é bom restringir o contacto com estes colegas. Tudo para que seu filho esteja o mais receptivo possível aos novos. Quando essa transição acabar, aí sim a turma aumenta de novo e muitas novidades serão trocadas e compartilhadas.

Partilhe os sentimentos das crianças

“A adaptação do Joaquim foi normal, muito natural. Ele começou a frequentar a escola aos 2 anos. Durante um mês fizemos a adaptação, acompanhando de perto o processo. Eu sabia quanto era importante para ele e quanto ele iria gostar depois. Achava engraçado ver as mães que saíam chorando porque o filho entrou logo, sem nem olhar para trás. Era o que eu mais queria. Aconselho os pais a terem paciência e serem parceiros dos seus filhos. É muito importante partilhardos sentimentos deles neste momento. Dá tudo certo!”

“A Valentina é filha única e será importante ela conhecer e brincar com outras crianças, fazer amigos. Acho que ela não vai chorar quando entrar na escola. Já fizemos alguns testes com nossos amigos, deixando ela lá por um tempo, e foi tranquilo. Outra coisa boa que pode acontecer é ela passar a comer melhor vendo os colegas fazerem o mesmo. ”

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Vamos cantar!

Snacks para a praia.



Chegou mais um Verão e com ele os dias de praia. Apetece estender a toalha no areal, apanhar sol ou refrescar o corpo no mar salgado... mas o que comer nos intervalos? Refeições de «faca e garfo» não ligam bem com banhos, pelo que as merendas e lanches ganham importância. Nas próximas linhas, tentarei deixar algumas dicas e truques para preparar refeições saborosas, práticas, equilibradas e que aguentem o calor.
Espero que sejam uma boa ajuda!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Consciência fonológica - Divisão Silábica

Ouvimos a História " Meninos de todas as cores" e seleccionámos em grupo as palavras-chave desta história. Escrevemos essas palavras no quadro à medida que iam sendo ditas pelas crianças. Depois, dividimos as palavras em silabas batendo as palmas. Verificámos que nem todas as palavras tinham o mesmo número de silabas (palmas). Depois cada criança escolheu uma palavra-chave e desenhou-a numa folha.
Depois de terminada a tarefa fizemos a leitura das palavras escolhidas e batemos de novo as palmas em cada sílaba, substituindo este gesto pelo desenho de círculos: cada circulo correspondia a uma silaba.
Foi depois elaborada uma ficha de registo onde já se desenharam os círculos a marcar o número de silabas.
Este foi o resultado! As crianças aderiram com facilidade e entusiasmo a esta actividade. Vendo o resultado geral, ao observar as fichas, concluímos que interiorizaram esta aprendizagem.