Aquilo que uma criança necessita não é de grandes respostas,
mas de um coração que a ame,
Um ouvido que a escute
e alguém que a anime a continuar…”
Anónimo
É na escola que, por norma, a criança concretiza a aprendizagem formal da leitura e da escrita.
Na maioria dos casos, o contacto do livro reduz-se, quase exclusivamente, à utilização dos manuais escolares e no convívio com os textos que os mesmos oferecem. Contudo, existem outros materiais que podem e devem ser convocados para o contexto pedagógico
Falamos de histórias significativas, com sentido ou com muitos sentidos, divertidas e tristes, com linguagem rica e variada, nem sempre fácil, mas, por isso mesmo, estimulante e fonte do alimento do imaginário.
“A Literatura Infantil, bebida desde o nascimento em doses sabiamente ministradas, gera uma saudável dependência que dá à criança e ao adolescente a força e o engenho necessários para realizarem a leitura do mundo, base indispensável aos seus projectos de vida.”
Os momentos de leitura em casa deverão constituir um ritual: trata-se de um momento único, cuja magia resulta de uma série de factores, entre os quais se salientam o contexto, a predisposição dedicada a esse momento quer dos pais, quer dos filhos e a modulação da voz do adulto ao contar a história. Desta situação tão particular entre pais e filhos, na qual eles estão expectantes e suspensos das suas palavras, resulta a ansiedade com que é esperada a sua repetição em determinado espaço de tempo previamente estabelecido; a leitura partilhada e lida em voz alta, sussurrada, gemida ou gritada pelo adulto permitirá que a Literatura cumpra todas as suas funções ao provocar o prazer estético que resulta do seu pleno usufruto.
Estes momentos de leitura constituem uma estratégia de “desescolarização” da leitura, tendo apenas o objectivo de cultivar o prazer de ouvir ler para também gostar de ler. Feita pelos pais, avós ou irmãos que se ofereçam para o fazer, em momentos propícios para o efeito, a leitura de um livro com exploração das imagens, dos seus pormenores, e deixado num local ao alcance da criança, desencadeia, normalmente, uma grande procura, pois têm sempre tendência a depois, voltarem a ler a história, no caso de crianças mais velhas, ou de contarem e recontarem as histórias através da exploração das imagens, no caso de crianças do jardim-de-infância.
Estes momentos de leitura constituem uma estratégia de “desescolarização” da leitura, tendo apenas o objectivo de cultivar o prazer de ouvir ler para também gostar de ler. Feita pelos pais, avós ou irmãos que se ofereçam para o fazer, em momentos propícios para o efeito, a leitura de um livro com exploração das imagens, dos seus pormenores, e deixado num local ao alcance da criança, desencadeia, normalmente, uma grande procura, pois têm sempre tendência a depois, voltarem a ler a história, no caso de crianças mais velhas, ou de contarem e recontarem as histórias através da exploração das imagens, no caso de crianças do jardim-de-infância.
Algumas pistas para o aproveitamento dos momentos de Leitura:
Periodicidade
Estes momentos de leitura, como já foi referido, deverão instituir-se como uma rotina semanal ou diária dependendo o número de vezes que se realiza, do contexto em que acontece e da predisposição de ambas as partes; no jardim-de-infância, a leitura e exploração de histórias, é um dos momentos mais importantes das suas rotinas; em casa, deverão existir sempre que a criança o solicitar, ou então, também pode ser combinado com a criança criando uma rotina, por exemplo, ao deitar, incentivando-lhes assim o gosto pela leitura.
Ambiente
O ambiente para se contar uma história em casa, com o seu filho deve ser calmo, com uma luz clara se for dia, o ténue se for ao deitar, e sem pressas, num local onde não haja interrupções, nem de outras pessoas nem de telefones ou afins. Deve dar a máxima importância a estes momentos com o seu filho pois é um modo de lhe dedicar inteiramente a sua atenção e de tornar este momento de leitura íntimo e especial para ele. O local pode ser variado, na cama, no sofá, no jardim, no entanto, ter em atenção que seja um local calmo, sem interrupções e que este momento seja um momento só vosso.
Entoação
Nada é mais aborrecido para uma criança do que uma leitura monótona. A voz dramatiza a história, dá-lhe corpo e “mais colorido”. O contador poderá e deverá utilizar diversos tons e intensidades de voz para caracterizar momentos e/ou personagens.
Imagens
Quando estiver a contar a história ao seu filho/a, deverá deixar a criança observar bem a imagem de modo a que enriqueça mais a história e também que a ajude a compreender os momentos mais importantes.
Ao contar a história, deverá mostrar as imagens e demorar o necessário para que dê tempo à criança de assimilar os pormenores. Os mais pequenos, é nas imagens que se apoiam depois para recontar a história.
Preparação
O adulto deve conhecer a história/conto, lê-la várias vezes e preparar esta actividade para que tenha sucesso. De igual modo, o clima destes momentos de leitura não se compadece de interrupções. O adulto deve dedicar esse tempo exclusivamente a essa actividade com a sua criança, sem interrupções também, pois ela merece e precisa dessa sua exclusividade.
Cenário
Quem conta a história, não precisa de se converter em actor para transformar estes momentos em instantes agradáveis e divertidos. Não é preciso muita elaboração para criar cenas. Um simples lápis que se transforma em vara de condão ou um lenço que vira uma capa mágica são capazes de encantar as crianças.
O contador
A grande dica para ser um bom narrador de contos é ler muito; os livros, os jornais, os gestos, as pessoas, a vida em cada coisa. E não ter pressa: o contador de histórias tem que ter paixão pela palavra pronunciada e contar a história pelo prazer de dizer (que é muito diferente de ler uma história, que também é muito diferente de explicar uma história!).
Que histórias contar?
Varie os géneros – as possibilidades são infinitas. Adeqúe o tamanho e o tipo da história à faixa etária do seu filho, tendo em conta a sua capacidade de concentração. A arte de contar histórias é muito bonita porque não discrimina ninguém – nenhum tipo de cultura ou classe social – não existe preconceito. A história é boa quando serve para todos, quando todos podem ouvir, dar uma opinião, reflectir e chegar às suas próprias conclusões. Poderá também deixar o seu filho escolher a história que deseja ouvir e, deste modo, prender-lhe a atenção e o gosto pela leitura.
Os especialistas afirmam que, por isso mesmo, nos momentos em que estiver a contar as histórias ao seu filho ou filha, não deve tentar simplificá-las ou mudar as palavras para facilitar a compreensão, mas deixar que a criança tente compreender o seu sentido pelo contexto. Com isso, ela aprende a diferença entre texto escrito e linguagem oral, informação fundamental para o processo de alfabetização.
Projecto de
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS De BUARCOS
Jardim de Infância de Buarcos
Jardim de Infância de Serra da Boa Viagem
Jardim de Infância de Vila Verde
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